A sexualidade é um tema que pertence ao currículo escolar, porém, na maioria das vezes não é abordado de forma completa. A questão das diferenças geralmente é ignorada.
Dentro do ambiente escolar o adolescente homossexual sofre com a dificuldade de encontrar grupos de iguais, além do preconceito e dificuldades de aceitação.
Quando encontram amigos na escola, correm o risco de perdê-los, pois geralmente os colegas são rotulados como homossexuais e tendem a se afastar para evitar comentários e o preconceito por parte dos demais alunos da escola. Há a necessidade da escola atuar como um espaço de mediação e de acolhimento pois as relações no interior da escola, na maioria das vezes, não favorece à construção do sujeito e a criação de vínculos afetivos, tanto por parte dos alunos quanto pelos profissionais que trabalham na escola.
As relações de amizade e confiança estabelecidas na escola fazem parte da construção da identidade dos. As dificuldades encontradas pelos adolescentes homossexuais dentro desse ambiente interferem diretamente na constituição de sua identidade, uma vez que a não aceitação faz com que esses adolescentes repensem sobre sua condição homossexual ou se marginalizem em uma tentativa de preservar sua condição diferenciada..
Dentro da escola, alunos e alunas não são sensibilizados a fim de serem solidários com seus colegas .
A escola apresenta um papel importante no processo de socialização. É nela que os adolescentes passam grande parte do seu tempo e apreendem muito de seus valores sociais. É nesse espaço onde deveria haver um compromisso por parte dos profissionais em incentivar a aceitação das diferenças, uma vez que esse ambiente é freqüentado por uma vasta diversidade de pessoas, cada qual com suas questões, pensamentos, valores e desejos. Um ambiente que se faz plural pela singularidade de cada individuo que a compõe, porém, o que se apresenta é o contrário, uma ambiente que faz cristalizar pensamentos e comportamentos preconceituosos
É imprescindível aos profissionais da escola uma reflexão a respeito de tabus e convicções que possam existir sobre a sexualidade, para que não sejam meros reprodutores de discursos preconceituosos.
Por: Vanda Corrêa
Quando você diz: "A maior responsabilidade de educar os jovens é dos pais"... Vejo que pai e mãe tem que assumir suas responsabilidades quanto à educação de seus filhos, mas não é isso que percebemos no ambiente escolar, tive uma esperiência recentemente que foi a seguinte: pedi a coordenação da escola que convidasse os pais de um aluno para que podéssemos conversar, pois este aluno estava em progressão e não estava tendo um bom desempenho tanto na progressão quanto na série atual, porém a familia nunca comparecia, em um belo dia no conselho de classe fui informada de que a avó do aluno estava presente, procurei-a para mostrar a ela os registros feitos das atividades realizados e apresentar o desenvolvimento do mesmo, antes mesmo de dizer nada a avó virou-se para mim e disse: niguém quer cuidar desse moleque o pai e mãe se separaram e deixaram ele comigo, e vocês também não dão conta dele, eu vou tirar essse moleque da escola, fiquei sem fala, respirei fundo e tentei continuar a conversa dizendo: não podemos desistir dele temos que conversar e tentar mostrar a ele a importância de desenvolvermos nosso conhecimento, porém não deu certo dias depois os aluno parou de frequentar às aulas o grupo gestor procurou a família mas não resolveu então decidimos acionar o conselho tutelar, porém até o momento não consiguimos êxito.
E bastante triste, porém há momentos que se a família não colaborar e efetivar de verdade seu papel, nós educadores não conseguimos também desenvolver nosso papel de educadora.
Abraços.
Vanda
Por: Odete Rosa
Por: Rosely Nogueira
Um histórico das lutas e conquistas recentes
ResponderExcluirA ciência dos séculos 18 e 19 consideravam que os brancos possuíam maior capacidade intelectual. Depois vinham os índios e, por último, os negros. Alguns estudos afirmavam que os negros se situavam abaixo dos macacos. "Qualquer que seja o grau dos talentos dos negros, ele não é a medida dos seus direitos", Thomas Jefferson (1743-1826), político americano.
1948 - Uma das mais significativas experiências de mobilização negra foi o jornal Quilombo, editado no Rio de Janeiro. A edição nº 0, ano 1, trazia a seguinte afirmação: "Nos dias de hoje a pressão contra a educação do negro afrouxou (sic) consideravelmente, mas convenhamos que ainda se acha muito longe do ideal".
1949 - 1º Congresso do Negro Brasileiro. Temas abordados: sobrevivências religiosas e folclóricas; formas de luta (capoeira de Angola, batuque, pernada); línguas (nagô, gegê, língua de Angola e do Congo, as línguas faladas nos anos de escravidão).
Década de 1950 - Iniciam-se os primeiros estudos sobre preconceitos e estereótipos raciais em livros didáticos no Brasil.
Décadas de 1960 e 1970 - Os militares oficializaram a ideologia da democracia racial e a militância que ousou desafiar esse mito foi acusada de imitadora dos ativistas americanos, que lutavam pelos direitos civis. O mito da democracia racial persiste até hoje.
Década de 1980 - Retomada dos estudos sobre preconceitos e estereótipos raciais em livros didáticos. Os resultados das pesquisas apresentam a depreciação de personagens negros, associada a uma valorização dos brancos.
1984 - Em São Paulo, a Comissão de Educação do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e o Grupo de Trabalho para Assuntos Afro-Brasileiros promoveu discussões com professores de várias áreas sobre a necessidade de rever o currículo e introduzir conteúdos não discriminatórios.
1985 - A comemoração de 13 de maio foi questionada pela Comissão por meio de cartazes enviados às escolas do estado de São Paulo. O material também exaltava 20 de novembro como data a comemorar a consciência negra.
1986 - A Bahia inseriu a disciplina Introdução aos Estudos Africanos nos cursos de Ensino Fundamental e Médio de algumas escolas estaduais atendendo a antiga reivindicação do movimento negro.
1996 - Entre os critérios de avaliação dos livros didáticos comprados e distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foram incluídos aqueles específicos sobre questões raciais.
1998 - Inclusão da Pluralidade Cultural entre os temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
2003 - A publicação da Lei no10.639 tornou obrigatório o ensino da História da África e dos Afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio.
Fonte: estudos e pesquisas de Benilda Regina Paiva de Brito e Fúlvia Rosemberg